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Hedge Cambial – Estratégias operacionais com moedas estrangeiras são cruciais para tomadas de decisões financeiras e comerciais na produção de sementes de soja

O tema abordado na Academia ABRASS levou conhecimento e ferramentas acerca das possibilidades existentes de mitigar riscos cambiais durante atuação das empresas

26 de setembro de 2022

“Você sabe o que é Hedge Cambial?”, iniciou o consultor Rafael Menicucci para tratar sobre – Hedging com operações com moedas estrangeiras – durante a Unidade temática de finanças, da Academia ABRASS, programa promovido pela Associação Brasileira dos Produtores de Sementes de Soja, com o apoio da Bayer e a curadoria de conteúdos assinada pela MPrado Consultoria.

O especialista apontou que os multiplicadores de sementes de soja precisam estar atentos com investimentos ou operações que envolvam mais de uma moeda, conhecendo os riscos da flutuação do câmbio. Afinal, para manter uma margem de lucro vantajosa e evitar perdas, o hedge cambial é uma tática que auxilia investidores e gestores a contornarem as incertezas.

Foto arquivo Academia ABRASS

Assim, o termo tão específico tem como objetivo assegurar os ativos ou os patrimônios de um investidor da desvalorização da sua moeda local. Sobretudo, as empresas que operam com importação e exportação.

No negócio de produção de sementes, a exposição cambial está presente em várias operações do dia a dia, como, por exemplo, no estoque de sacas de sementes de soja que, por serem negociadas em dólar mundialmente, geram uma exposição direcional comprada para as empresas sementeiras que consolidam seu balanço patrimonial em reais.

“Conheço um pouco sobre o dólar Spot, PTAX. Acompanhar as variações do dólar não é tarefa fácil, por isso tomar decisões de compra e venda requer cuidados. Para proteger a venda da safra é preciso aprofundar quanto às táticas do Hedging”, avaliou Karen Toebe, financeiro da São Jerônimo – associada à ABRASS.

Outro caso frequente de exposição, ocorre na liquidação de compras dos insumos agrícolas, como fertilizantes, que também são negociadas em dólar e impactam diretamente o fluxo de pagamentos aos fornecedores de tais mercadorias.

Além da apresentação dos instrumentos cambiais e cálculos da exposição cambial, também foram expostos por Menicucci, dados do Ministério de Abastecimento, pecuária e Agricultura – MAPA e do Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços – MDIC, que apontam que o setor do agronegócio continua sendo o maior responsável pelo superávit da balança comercial, contribuindo com US$ 105,1 bilhões para o comércio exterior brasileiro no ano passado, enquanto os setores da economia tiveram déficit de US$ 43,8 bilhões. Como conclusão, as empresas que fazem o mapeamento de possíveis riscos cambiais e atuam ativamente para mitigá-los, poderão ter perenidade e melhor previsibilidade dos resultados financeiros da companhia.

Foto arquivo Academia ABRASS

“Os estudos de casos de empresas do setor e pesquisas de mercado atualizaram os participantes sobre o tamanho desse cenário, também quanto ao papel importante de suas ações e acerca dos impactos para lucro e as margens operacionais do negócio da produção de sementes de soja”. Afirmou o consultor, Rafael Menicucci.

Informação compartilhada – Nos encontros online a Academia ABRASS proporciona conhecimento nas áreas comercial, humanas, finanças e gestão. Evidenciando as modernas ferramentas de gestão aos dirigentes e gestores das empresas sementeiras associadas. A iniciativa está em sua terceira edição.

Por: Nátalie Luna

Fonte: Assessoria de Comunicação e Marketing ABRASS