Todas as safras são milhares de hectares destinados à soja no Brasil. Não é a toa. É uma potência mundial do agronegócio e da oleaginosa, em especial. Cada planta tem uma semente como origem. É ali que começa o sonho de uma boa safra e também a base de vigor, combate a pragas e doenças e potencial de formar uma nova lavoura.

Mas o que há antes da semente? As ideias nascem na pesquisa, pensando nas necessidades do produtor. Isso demanda tempo. Pegamos como base para entender o processo a marca de sementes de soja Credenz, da BASF. Ela chegou em 2016 ao Brasil. Hoje já está em todo o território nacional e conta com 22 variedades recomendadas no país com as tecnologias I2x (resistência ao glifosato, dicamba e lagartas - somente na safra 21/22), IPRO (possui tolerância ao glifosato e a alguns insetos como as lagartas) e RR (resistente ao glifosato).

Primeiro é preciso saber que as marcas investem muito em pesquisa, melhoramento genético, biotecnologia. Uma variedade não chega ao campo antes de sete anos de desenvolvimento. O Portal Agrolink conversou com o gerente de Marketing de Sementes de Soja da BASF, Mairson Santana, para entender melhor as fases e resultados deste processo. 

Portal Agrolink: como é o processo de desenvolvimento de uma cultivar?
Mairson Santana: 
uma nova cultivar de soja demanda sete anos de pesquisa até seu lançamento e durante esse período passa por vários processos dentro dos diversos times da marca. É um processo que exige muito conhecimento, paciência e paixão. O objetivo do melhoramento são cultivares mais produtivas e com características genéticas compatíveis com a demanda do mercado. Nesse processo são realizados milhares de cruzamentos de cultivares, utilizando centenas de plantas em diversas estações de pesquisa de Norte a Sul do Brasil. As milhares de linhagens vindas dos cruzamentos são testadas e selecionadas nas principais regiões produtoras do país e passam por avaliações de reação a doenças, resistência a pragas, presença de genes, produtividade e adaptabilidade nas macrorregiões. Após a validação da variedade, passa pelo processo de produção de semente genética e sementes certificadas até chegar aos agricultores de todo o Brasil.
 
Portal Agrolink: como é testada a produtividade, resistência a pragas e doenças e desempenho em diferentes áreas. Como isso acontece em relação às características brasileiras tão diversas?
Mairson Santana: os times de Melhoramento Genético e Desenvolvimento Agronômico possuem juntos mais de 400 locais de ensaios nas principais regiões produtoras de soja do Brasil. Os locais são segmentados por macrorregiões e regiões com foco no solo e clima, pois a adaptabilidade de cada cultivar varia com a latitude. Utilizamos protocolos para avaliação de produtividade, resistência a pragas, população de plantas, épocas de plantio, entre outros. O time de Fitopatologia em seus laboratórios dá o suporte com as análises de reações a doenças. A quantidade de ensaios aliada à amplitude de regiões amostradas gera uma base de dados segura para a tomada de decisão diante das diversas características do Brasil.
 
Portal Agrolink: o aprimoramento de uma cultivar depois de desenvolvida é constante?

Mairson Santana:  após o lançamento de uma cultivar, o time de Desenvolvimento Agronômico mantém essas cultivares em sua rede de ensaios por dois anos, com o objetivo de aprimorar o posicionamento referente à época de plantio e população de plantas por hectare para cada região com foco no solo e clima. Os times de Desenvolvimento de Mercado e Comercial acompanham as áreas de agricultores já em escala comercial, buscando sempre aprimorar o posicionamento e manejo das novas cultivares em busca de alto teto produtivo.
 
Portal Agrolink: a marca lançou uma websérie para mostrar tudo o que está por trás de uma semente. De onde surgiu e o que objetiva?
Mairson Santana: o agro é um setor baseado em inovação. Mas na hora de comunicar, principalmente assuntos mais, muitas vezes, o conteúdo é passado de um jeito pouco atraente. Por isso, resolvemos inovar também na forma de apresentar as suas tecnologias para sementes. O conteúdo produzido é mais leve, em uma websérie digital alinhada com o tipo de conteúdo que esse público consome. A ideia foi simplificar um tema técnico e chamar a atenção de quem não é do agro, mas sabe da importância da produção de soja para o país.

Os primeiros da websérie já estão disponíveis nos canais da marca. Ao todo, são 11 episódios para acompanhar e aprender sobre os diferenciais da semente de soja Credenz. 

Fonte: Agrolink