Nenhuma atividade no planeta, talvez, seja tão dependente do clima quanto a agricultura. Aumento da temperatura e alterações no regime de chuvas podem provocar perdas significativas nas safras de grãos e alterar a geografia da produção agrícola. Além das perdas diretas por falta de água, essas circunstâncias também podem agravar o risco dos problemas fitossanitários.
De acordo com o IPCC (Painel Intergovernamental de Mudanças Climáticas) sobre as projeções de aumento da temperatura, a soja será a cultura mais afetada com a mudança climática. A partir disso, um estudo feito por pesquisadores da Embrapa e da Unicamp (Universidade Estadual de Campinas) aponta que o aumento das temperaturas pode provocar perdas nas safras de grãos estimada em R$ 7,4 bilhões já em 2020/21. Esse valor pode subir para R$ 14 bilhões até 2070. A pesquisa avaliou cenários futuros para nove culturas, sendo algodão, arroz, café, cana-de-açúcar, feijão, girassol, mandioca, milho e soja. Ainda conforme o estudo, existem projeções de que todas as culturas sofrerão uma diminuição da área favorável ao plantio, com exceção da cana e da mandioca.
Já o prognóstico para a região Sul brasileira, para os meses de janeiro, fevereiro e março de 2021, é de La Niña, segundo o Instituto Nacional de Meteorologia – INMET. O fenômeno climático de resfriamento das águas do Pacífico, conhecido por La Niña, pode trazer consequências desagradáveis para algumas regiões do Brasil. Oposto ao El Niño, o La Niña traz chuvas em excesso nas regiões Norte e Nordeste e falta de chuva no Sul.
Nesta época, com a cultura da soja em evidência, a chuva é essencial para o bom desenvolvimento da lavoura. A soja necessita de aproximadamente de 500 mm a 700 mm de chuvas, entretanto, em condições anômalas, como em La Niña, pode haver, para algumas regiões do Sul, uma redução de 100 mm a 200 mm de chuvas.
Com o aumento da temperatura e redução da precipitação, cria-se um cenário propício ao aumento da evapotranspiração da cultura, ou seja, a cultura perde mais água para a atmosfera. Por isso, é preciso otimizar o uso do solo e aprimorar o manejo das culturas.
Solos com maior capacidade de água disponível suportam períodos mais prolongados de estiagem, na comparação com aqueles que possuem menor capacidade de armazenamento de água.
Para enfrentar essa situação, a saída em muitas lavouras no Sul do Brasil tem sido o uso do sulfato de cálcio granulado. Diversos produtores têm constatado os benefícios de se utilizar o sulfato de cálcio na forma granulada, que atua não somente como fertilizante mineral, fonte de cálcio e enxofre solúveis, mas também como condicionador de solos.
O sulfato de cálcio age tanto nas camadas superficiais quanto nas mais profundas do solo, combatendo o alumínio tóxico e melhorando o ambiente radicular, colaborando com a construção do perfil e fazendo com que a raiz atinja maiores profundidades, como explica o engenheiro agrônomo e especialista em solos, Eduardo Silva e Silva.
“O condicionamento de solo no inverno, através do sulfato de cálcio granulado, estimula o enraizamento nas gramíneas e deixa o solo mais aerado, proporcionando maior absorção e concentração de água em profundidade. Com o solo descompactado, as raízes das plantas alcançam maiores profundidades, tendo acesso à água e nutrientes, aumentando a resistência à seca no verão”, destaca o agrônomo.
No entanto, o especialista lembra que para construir um perfil de solo o produtor precisa cuidar não somente da parte química do solo, mas física e biológica, para atingir um diferencial e, em períodos de adversidades climáticas, enfrentar com sucesso as adversidades.
Nesse sentido, sulfato de cálcio aditivado com nanomateriais avançados com propriedades também condicionadoras são recursos indispensáveis nesse processo de preparação do solo. Além disso, pode auxiliar no suporte de 13 a 27 dias de resistência a cenário de estresse hídrico.
“Tecnologias de fácil acesso, boa relação custo-benefício, de rápida resposta como os condicionadores de solo são importantes ferramentas no início, meio e fim, do planejamento estratégico. Não se pode mais aplicar doses elevadas de produtos e aceitar que o solo processará um pouco dessa quantidade a cada ano. É preciso enxergar a lavoura como um sistema que merece atenção o ano inteiro”, enfatiza Silva e Silva.
*informações da assessoria de imprensa.
Fonte: Agrolink