A Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) divulgou nesta quarta-feira (13) o 4º Levantamento da Safra de Grãos. O país deve colher 264,8 milhões de toneladas, um aumento de 7,9 milhões de toneladas se comparado com a safra 2019/20, quando a colheita foi de 256,94.
A maior fatia é da soja que responde por cerca de 50% dos grãos. A área da oleaginosa cresceu 3,4% e a estimativa de safra é de 133,7 milhões de toneladas. A colheita já começou no principal estado produtor, Mato Grosso. A produção poderá chegar a 35,43 milhões de toneladas, com uma ligeira queda com o estimado na safra anterior, mesmo com a expectativa de aumento na área plantada. O resultado é reflexo da estimativa de menor produtividade, uma vez que as condições climáticas de 2019 não se repetiram até então.
Outro grão de destaque é o milho. Com produção total estimada em 102,3 milhões de toneladas, a primeira safra do cereal deve apresentar uma queda de 6,9%. As condições climáticas desfavoráveis no momento do cultivo da primeira safra influenciaram a produtividade, principalmente no Sul do país.
No Rio Grande do Sul, a diminuição neste índice foi estimada em 11%. Com isso, a produção tende a ser 9,3% menor. Em Santa Catarina, os percentuais de queda na produtividade e na colheita da primeira safra são ainda maiores, chegando a 14% e 12,7% respectivamente. Em ambos os estados, a área destinada ao plantio do grão deve crescer, o que reduz um pouco a queda no volume de produção.
No caso do arroz, o aumento de área foi menor do que o esperado, principalmente pelo fato de as chuvas não abastecerem satisfatoriamente as barragens que fornecem água para as lavouras irrigadas na região Sul. Além do menor aumento de área, as condições climáticas também impactaram a produtividade. Assim, a produção deve atingir 10,9 milhões de toneladas, queda de 2,5% em comparação com a safra anterior.
Fonte: Agrolink