Com a oferta ampla de soja, demanda chinesa aquecida e câmbio favorável às exportações, as margens de lucro dos produtores estão entre as mais elevadas da história, apesar do aumento de custos, aponta a consultoria Cogo – Inteligência em Agronegócio. “Isso tende a estimular um novo avanço do plantio no ciclo 2020/2021, que começará a ser semeado em setembro”, diz.
Levantamento feito pela consultoria mostra que, no Sul e no Sudeste – considerando Rio Grande do Sul, Paraná e Minas Gerais – o custo total médio de produção da oleaginosa foi de R$ 3.560,41 por hectare, 10,2% mais que em 2018/2019, mas a receita bruta por hectare está crescendo 51,5%, para R$ 6.109,55, e a margem líquida sobre a receita bruta saltará de 19% para 41,7%.
Na região do Cerrado, o custo de produção da soja aumentou 12,8% na comparação com a temporada passada, para R$ 4.106,87 por hectare, em média, mas a receita bruta cresce 38,2%, para R$ 5.387,62 por hectare, e a margem líquida sobre a receita bruta pulará de 6,6% para 23,8%, em média.
A maior parte da safra 2019/2020 foi vendida enquanto o dólar estava subindo, o que acelerou as vendas e já estimula a comercialização da colheita do próximo ciclo. A taxa média de câmbio para os custos da lavoura foi de R$ 3,91, enquanto a média para a comercialização atingiu R$ 4,85.
Fonte: Canal Rural