A Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) estima que a produção de grãos para a safra 2018/19 cresça entorno de 4% se comparado com a safra anterior. Somente a produção de soja deve atingir cerca de 118,8 milhões de toneladas. Para que o país continue a crescer de maneira exponencial e com sustentabilidade é preciso investir cada vez mais no uso de novas tecnologias que auxiliam nos desafios do agricultor a superar as adversidades da agricultura e o clima tropical do Brasil.
Diante deste cenário o Ministério da Agricultura Pecuária e Abastecimento – MAPA realizou no dia 20 de março (quarta-feira) uma reunião técnica sobre o uso da tecnologia DICAMBA nas lavouras brasileiras. O evento contou com a participação de entidades do setor, empresas multinacionais e pesquisadores.
O DICAMBA é um herbicida usado no pré-plantio que auxilia no combate a plantas daninhas de folhas largas, como a buva, caruru, corda-de-viola e picão-preto. No Brasil essa tecnologia ainda está em análise para ser aprovada ou não a sua comercialização.
De acordo com o Secretário de Defesa Agropecuária, José Guilherme Tollstadius Leal, o evento proporcionou mais esclarecimentos aos produtores a cerca do uso do DICAMBA e também trouxe novas análises para o MAPA. “Pensamos nesse evento justamente para que os produtores, empresas e pesquisadores pudessem trazer suas preocupações, argumentos e informações técnicas”, afirmou o Secretário.
Para Rômulo Ramos, representante da BASF, o uso do DICAMBA nas lavouras brasileiras pode aumentar significativamente a produção. “O produto já é usado em diversos países, como Estados Unidos, e a sua importância num sistema de rotação de cultivos é fundamental para que o agricultor tenha mais tranquilidade no combate às pragas”.
Já para o vice-presidente da APROSOJA Brasil e presidente da APROSOJA/MT, Antônio Galvan, “A falta de mão-de-obra qualificada no campo é um limitante para o uso da tecnologia. Esse fator importante prejudica a aplicação do produto no Brasil”, afirmou Galvan.
A Bayer destacou a importância de um programa de extensão e capacitação de colaboradores nas fazendas. “Tudo começa com o uso correto da bula que resultará em profissionais qualificados que terão o treinamento correto para o trato do produto”, disse Vinicius Faião, representante da Bayer.
Para o presidente da Associação Brasileira dos Produtores de Sementes de Soja – ABRASS Tiago Fonseca, o incentivo à pesquisa e uso de novas tecnologias na produção é de suma importância. “Precisamos sim estimular o uso de novas tecnologias que contribuam para o melhoramento genético e controle de pragas, trazendo aumento na produtividade e renda para o setor”, enfatizou o presidente.