Estima-se que 30% da safra brasileira 2015/2016 seja proveniente de sementes piratas.

Desde a segunda quinzena do mês de setembro, a Associação Brasileira dos Produtores de Sementes de Soja (Abrass) está empenhada no combate à pirataria de sementes de soja.

Para acabar com esse mal no setor, a entidade divulgou a campanha nas redes sociais, em seu site e de parceiros, de modo a atingir o maior número de agricultores e cortar esse mal pela raiz.

O ministro da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Blairo Maggi, divulgou uma nota onde alerta que a pirataria de sementes de soja é crime, de modo que não medirá esforços para que a Polícia Federal abra investigação aos denunciados.

A semente pirata não possui nenhum tipo de certificação ou garantia de procedência. É um produto originado do grão de soja colhido e revendido ilegalmente como semente, sem registro junto ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), fiscalização, recolhimento de impostos, entre outros fatores importantes para preservar a qualidade da semente de soja brasileira. Além de não contribuir com a pesquisa e o desenvolvimento da sojicultura brasileira.

Atualmente, estima-se que pelo menos 30% da safra brasileira 2015/2016 de soja seja semeada com sementes ilegais, um dado alarmante para a agricultura nacional, já que traz riscos fitossanitários enormes e prejudica a produtividade das lavouras.

Para o presidente da Abrass, Marco Alexandre Bronson e Sousa, esse é um percentual muito alto. “O Brasil tem sua grande força no agronegócio. A pirataria sabota nossa atividade, desestimula avanços e é um tiro no pé. Quem compra sementes ilegais não está fazendo nenhum tipo de economia, isso é ilusão”, destacou.
Com a campanha, a Abrass busca conscientizar o agricultor que o uso desse tipo de semente é um barato que sai caro, tendo em vista que, no caso de sementes com tecnologia Intacta RR2 PRO, o agricultor será penalizado em 7,5% do valor da carga na entrega do grão, caso seu produto não seja certificado nem seja comprovadamente semente salva legal.

Ou seja, o melhor caminho para uma semente de soja de qualidade e segura é acabar com a pirataria. A ABRASS tem recolhido nomes de supostos “pirateiros” por todo o país e encaminhado ao setor de fiscalização do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa). Quanto mais detalhada e embasada a denúncia, maiores são as chances da fiscalização ter sucesso.

Para denunciar, basta ligar para a ouvidoria do Mapa, por meio do telefone 0800 704 1995 ou enviar um e-mail para ouvidoria@agricultura.gov.br.

Ascom ABRASS
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