A empresa australo-americana AgBiTech anunciou a entrada na área de monitoramento de lagartas após assumir a liderança dos mercados de biolagarticidas para algodão e soja na safra 2019-20, conforme dados da Spark Consultoria Estratégica. A companhia e a startup brasileira Tarvos, de Campinas-SP, levam a campo na safra 2020-21, ainda em fase experimental, armadilhas conectadas com câmeras inteligentes, para monitoramento remoto de infestações de lavouras por mariposas.
De acordo com Murilo Moreira, engenheiro agrônomo e diretor de marketing da AgBiTech, a tecnologia permite ao agricultor definir com mais precisão o momento da aplicação de produtos para controle de lagartas, tanto químicos como biológicos. “Esta é uma vantagem competitiva relevante, pois algumas espécies de lagartas demandam intenso monitoramento, pelo impacto desfavorável que exercem sobre a produtividade de lavouras”, ressalta Moreira.
Ele afirma que as armadilhas conectadas são altamente recomendáveis no monitoramento de espécies como Spodoptera frugiperda (lagarta-do-cartucho), Chrisodeixis includens (falsa-medideira) e Helicoverpa armígera. “Trata-se de um recurso de ponta. Há estudos prontos que mostram que o emprego dessa tecnologia, em conformidade com recomendações técnicas, muitas vezes elimina a necessidade de produtos químicos no manejo de lagartas”, destaca Murilo Moreira.
“Fotos diárias são capturadas e processadas, e os resultados de contagem enviados a uma plataforma online ou para telefones celulares cadastrados”, resume Andrei Grespan, sócio fundador da Tarvos. O executivo informa ainda que na safra 2020-21, AgBiTech e Tarvos estudarão, em profundidade, o emprego das armadilhas conectadas em áreas de soja e algodão da Bahia e de Mato Grosso.
Fonte: Agrolink