As plantas daninhas hoje representam um dos principais problemas na plantação de grãos. Segundo dados da Embrapa (Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária) Soja, as perdas podem chegar a 90% nas lavouras em casos extremos de infestação.

"A resistência que as plantas daninhas estão desenvolvendo acabam causando um problema no controle, uma vez que isso reduz as opções para combatê-las", explica o Pesquisador da Embrapa de Passo Fundo, Leandro Vargas.  Segundo o pesquisador, as culturas estão sofrendo com a ação de espécies específicas de plantas daninhas, que estão cada vez mais difíceis de combater.

Para evitar prejuízos e tornar o controle ainda mais eficaz na produção de grãos, o uso de herbicidas pré-emergentes é uma tendência em crescimento, uma vez que permite o cultivo no limpo, eliminando o problema antes mesmo dele começar. "Além de melhorar o desempenho no pré-cultivo, o uso de pré-emergentes garante alta seletividade e aprimora as chances de um bom controle em pós", observa Anderson Cavenaghi, Professor da Univag.

Começar um cultivo com a lavoura no limpo é um sonho para os produtores, que buscam orientações de manejo que atendam às necessidades de sua produção, levando em conta a presença de plantas resistentes ao glifosato, como azevém, capim-amargoso, capim-pé-de-galinha e buva, principais ameaças ao plantio de grãos.

Com diversas espécies cada vez mais, há uma necessidade de um herbicida com mecanismo de ação diferenciado, que seja eficaz em várias plantas. "Hoje nos perguntamos: qual a estratégia para controlar as daninhas? Temos plantas que já não respondem aos produtos disponíveis. O mercado precisa de uma ferramenta eficiente, que ajude no combate em diversas culturas e controle plantas de folhas largas e estreitas. Tudo isso com um custo que caiba no bolso no produtor", diz Robinson Osipe, Professor e Pesquisador na UENP/FFALM.

"Estima-se que mais de 14 milhões de hectares brasileiros sofram com as plantas daninhas, então os pré-emergentes fazem parte de uma estratégia de manejo", fala Luís Henrique Penckowsi, Gerente Técnico da Fundação ABC. Enquanto o problema aumenta e as plantas daninhas se tornam cada vez mais fortes, o produtor aguarda uma solução que acabe com esta ameaça, um herbicida que seja o portador de eficiência e bons resultados.

Fonte: Agrolink